Flechas com magias de amor, seres metade homem, metade cavalo, feras de pelo invulnerável, ninfas que habitam as águas profundas. As façanhas de deuses e heróis da mitologia greco-romana são mais do que meras fantasias de uma época. Nessas histórias e nesses personagens, se revelam padrões de comportamento comum a toda a humanidade ou, dizendo de outra maneira, traduzem arquétipos - imagens psicológicas presentes no inconsciente coletivo, conforme postulou o psicanalista suíço Carl Jung (1875-1961). Os seres mitológicos personificam Paixão, Medo, Ciúme, Perseverança, Raiva, Paciência e todas as emoções e experiências compartilhadas pelos homens de todos os tempos. Compreender o significado dos símbolos é parte fundamental da psicologia e de outras áreas ligadas ao autoconhecimento - e a astrologia não fica de fora.
"A Astrologia é mais antiga do que as civilizações da Grécia e de Roma. Ela surgiu na Mesopotâmia, há 8 mil anos, mas toda a sua vertente ocidental está estruturada nas lendas de deuses como Zeus, Afrodite e Hera e heróis do porte de Hércules, Jasão e Teseu", diz Marina Ungarettim psicóloga e artista plástica. "As constelações associadas aos signos também fazem referência a passagens nitológicas", completa.
Cada mito expressa atributos positivos e negativos dos nativos dos signos. Mas as lições contidas nessas histórias ão valem apenas para quem é de Peixes, Sagitário ou Touro, por exemplo. "Podemos nos identificar com mais de um mito, pois temos, em maior ou menor grau, as 12 energias que compõe a roda astrológica. O mapa astral individual indica as áreas da vida em que cada for;as se manifesta", explica Marina. Assim, as divindades gregas têm muito a dizer para quem quer se conhecer mais e melhor.
(Texto retirado da Revista Bons Fluídos - Edição Outubro de 2006)